Final da Liga Betclic começa hoje!

Teremos Clássico à melhor de 5?

Benfica e Porto defrontam-se esta tarde de sábado pelas 15h, no Pavilhão Fidelidade, para dar início às finais dos playoffs da Liga Betclic com o jogo 1.

O clássico coloca frente a frente, o 1° lugar, Benfica, e o 2°, Porto e em causa está o título de campeão nacional. A final será jogada à melhor de cinco jogos, ou seja, a primeira equipa a ganhar 3 jogos será a vencedora da prova.

Numa breve análise sobre a época regular das duas equipas, as águias terminaram com 24 vitórias e 4 derrotas e os dragões somaram 23 vitórias, 3 derrotas e 2 faltas de comparência.

Os azuis e brancos venceram o Imortal de Albufeira por 2-0 no primeiro confronto em Playoffs e de seguida

derrotaram o campeão em título, Sporting, numa série que terminou 3-0. O conjunto de Moncho López chega à final da prova vindo de 5 vitórias consecutivas e com uma clara vantagem em confronto direto ao longo da época (3-1).

Já os encarnados venceram o Clube Desportivo da Póvoa por 2-0 no primeiro embate da competição e de seguida a Oliveirense, em que também fecharam a série em 3 jogos (3-0). O Benfica de Norberto Alves chega à final também com 5 vitórias consecutivas.

Numa época fustigada por lesões, os dois emblemas viram-se obrigados a reforçar os plantéis. Vamos analisar de forma detalhada os dois conjuntos:

Benfica (o mais provável)- 5 inicial Benfica: Frank Gaines, Aaron Broussard, Ivan Almeida, João Betinho Gomes e Dennis Clifford.

Habitualmente este é o 5 inicial predileto de Norberto Alves e aquele que lhe garante mais sucesso.

Não havendo um base puro, é através de Broussard que os encarnados controlam o ataque. Gaines trabalha em saídas bloqueadas e com o usual bloqueio direto central. Betinho e Ivan podem atuar na posição 3 e 4, algo que confere muita versatilidade ao ataque benfiquista. Dennis Clifford recuperado é uma figura importantíssima na defesa, bem como, no jogo sem bola tanto no ataque como na defesa.

Makram Ben Romdhane é o primeiro elemento da rotação e o jogador mais cerebral do plantel.

José Silva permite mais size se jogar a segundo-base e mais spacing se jogar a extremo. Um “3-D” com um aproveitamento satisfatório.

José Barbosa viu-se com menos minutos no Benfica, mas é o jogador com que o treinador conta nos momentos de maior aperto. É a definição de base-puro.

Diogo Gameiro e Tomás Barroso podem ser opções para a gestão do jogo e com boa capacidade de lançamento.

Arnette encontra-se tocado no ombro e deverá ser Eduardo Francisco a assumir o seu lugar.

A dúvida persiste na última vaga de jogador estrangeiro: Wendell Lewis ou Travis Munnings.

Norberto Alves poderá preferir jogar com o poste e tentar impor mais presença e explorar um estilo de jogo mais físico, onde também garante uma maior rotação a Clifford e a possibilidade de utilizar Ben a 4.

Se a opção for Travis Munnings, a ideia passa por colocar o extremo a defender o portador da bola para evitar o desgaste dos bases. O Benfica surge mais desfalcado nas posições interiores mas tem mais opções a Ivan e Betinho.

Porto (o mais provável) – 5 inicial Porto: Charlon Kloof, Bradley Tinsley, Rashard Odomes, Jonathan Arledge e Mike Morrison.

Charlon Kloof é dos bases mais energéticos da nossa Liga e apesar de alguma falta de lançamento exterior causa muitos problemas pelo seu físico e capacidade atlética. Bradley Tinsley é o jogador estrangeiro há mais tempo ligado ao clube e é um base muito completo e capaz naquilo que faz em campo, seja através de ações bloqueadas ou na condução do ataque. Rashard Odomes e Jonathan Arledge são os dois marcadores de pontos com mais relevo no conjunto azul e branco.

Mike Morrison chegou a meio da época para reforçar o lugar deixado por Mus Barro e onde Markus Loncar não agradou. O poste azul e branco permite finalmente a Moncho um encaixe de peso em posições interiores.

O primeiro elemento da rotação é Miguel Queiroz, que serve de joker neste grupo, podendo jogar a 4 ou 5 e que desempenha um papel muito importante no Porto. É um jogador capaz de passar a bola, jogar como bloqueador, de costas para o cesto e que consegue atirar de zonas afastadas do cesto. Coloca a equipa jogar e é a imagem do treinador no campo.

De seguida, surge o base português, Francisco Amarante, que está numa forma tremenda, onde se destacam as excelentes leituras de jogo e já muita maturidade em tão pouco tempo de Liga.

João Soares e Vladyslav Voytso atuam como extremos em funções de “3-D”, onde Voytso surge mais como atirador e João Soares consegue ainda jogar de costas para o cesto num jogo mais físico.

Miguel Correia e Tiago Almeida deverão ter muito pouco ou nenhum tempo de jogo, mas são opções para agitar o jogo podendo também servir para realizar uma falta útil, por exemplo.

Recordo que Max Landis não irá jogar o jogo 1, mas poderá ainda estrear-se ao longo da série. https://twitter.com/martimfs/status/1533046701988126720?s=21

Análise feita, que comecem os jogos!

Escrito por: Martim Figueiredo


Redação: Hoopers

Escrito por: Hoopers